segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VULNERABILIDADE


É que às vezes fico sim
Fico "oca de mim" e não é bem
de tristeza, tédio ou melancolia...

Não gosto quando estou assim desconfortável
em minha “persona", onde  me sinto presa
a este inquietante 'diluir' avassalador...

É como se fosse uma incorpórea noite de chumbo,
de calmaria e segredos em alto mar - Você já viu?
A gente olha para as águas negras lá paradas imóveis,
tenebrosas, abissais como a eternidade...

A gente olha para o oceano e para a noite obsidiana e,
nenhuma das potencias se distinguem, porque as mesmas
se fundem, se “refletem” em uníssono criando uma ilusão
de intangibilidade numa imensidão subjetiva de “nada”...

Tudo se cala e se consente em
um vazio medonho e incomensurável
Um vazio de morte e esquecimento...

Não... Realmente não gosto de estar “oca”!
Desta sensação de “estar sendo” e “não ser”
Desta vulnerabilidade onde nada inicia - onde nada termina...

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