O tempo tem a astúcia dos cupins. Trabalha em silencio, não faz alarde, usa sapatos de algodão. Lembro-me bem das nossas conversas. Um dia ficaremos juntas! – Profetizei. Ela deu uma gargalhada gostosa e respondeu: “É melhor você esperar sentada”. Eu esperei (não necessariamente sentada). Fiz coisas, conheci pessoas, viajei muito, ocupei a cachola com projetos, aflições, devaneios, besteiras, paixões. Enquanto estamos na cozinha, preparando café e tapiocas, penso no tempo que perdemos separadas. Eu sei que é tolice. Afinal, não há perda, mas acúmulo de vivências. É isso que faz a gente maior e melhor.
Difícil descrever em palavras sentimentos, pois eles transbordam todo sentido, toda razão, e quando chega nesse ponto a melhor palavra é o silêncio, o olhar sincero, as atitudes que dizem a todo instante " eu te amo".
3 comentários:
Há tempo pra (des)cuidar...
Há tempo pra evocar...
A gente se esquece de esquecer...
Mas se lembra de lembrar...
"Não há perda, mas acúmulo de vivências".
O tempo tem a astúcia dos cupins. Trabalha em silencio, não faz alarde, usa sapatos de algodão. Lembro-me bem das nossas conversas. Um dia ficaremos juntas! – Profetizei. Ela deu uma gargalhada gostosa e respondeu: “É melhor você esperar sentada”. Eu esperei (não necessariamente sentada). Fiz coisas, conheci pessoas, viajei muito, ocupei a cachola com projetos, aflições, devaneios, besteiras, paixões. Enquanto estamos na cozinha, preparando café e tapiocas, penso no tempo que perdemos separadas. Eu sei que é tolice. Afinal, não há perda, mas acúmulo de vivências. É isso que faz a gente maior e melhor.
Difícil descrever em palavras sentimentos, pois eles transbordam todo sentido, toda razão, e quando chega nesse ponto a melhor palavra é o silêncio, o olhar sincero, as atitudes que dizem a todo instante " eu te amo".
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