Aprisionada à força estéril das coisas inúteis, àquela mesma que faz com
que prateemos e lastimemos nostálgicos sobre os nossos mortos, ela invade novamente o calabouço da memória admirada por não poder desviar ou impedir o avanço de seus próprios pés clandestinos.
Se sente envergonhada, imaginando que a visão fria de sua fragilidade nua é desconcertante até mesmo ali, onde o amontoado de cacos de vidro das incertezas e o eco visceral do passado causam regozijo apenas aos espectros concupiscentes das fraudadas ilusões.
Sufocada pela sutileza anoréxica do engano, profundamente e mais uma vez, dá-se conta dos laços partidos e de que ninguém lhe segura mais as mãos, ninguém lhe guia mais os passos e que suas rotas asas já mais nada significam – e que ela, ah... nunca mais alçará voo com esses pobres tocos de asas mutiladas.
Enquanto caminha sem destino por entre as reminiscências tóxicas de tantos sonhos e andrajos de esperanças desfeitos, entende... Percebe entorpecida pela vulnerabilidade que nada mais lhe resta, a não ser, o consolo agudo da mentira sincera de tudo em que acreditou.
–Voltar aqui é inútil, ela pensa, ela sabe... mas, delirante se entrega, pois, a única coisa REAL que agora possui é a certeza de que aqui retornará até que não lhe reste mais forças para reverenciar a sombra deste abismo, onde ela sinceramente acredita estar refletida a tão amada face e os olhos de sua felicidade morta, porém, para sempre imaginada - Ela sente!
Se sente envergonhada, imaginando que a visão fria de sua fragilidade nua é desconcertante até mesmo ali, onde o amontoado de cacos de vidro das incertezas e o eco visceral do passado causam regozijo apenas aos espectros concupiscentes das fraudadas ilusões.
Sufocada pela sutileza anoréxica do engano, profundamente e mais uma vez, dá-se conta dos laços partidos e de que ninguém lhe segura mais as mãos, ninguém lhe guia mais os passos e que suas rotas asas já mais nada significam – e que ela, ah... nunca mais alçará voo com esses pobres tocos de asas mutiladas.
Enquanto caminha sem destino por entre as reminiscências tóxicas de tantos sonhos e andrajos de esperanças desfeitos, entende... Percebe entorpecida pela vulnerabilidade que nada mais lhe resta, a não ser, o consolo agudo da mentira sincera de tudo em que acreditou.
–Voltar aqui é inútil, ela pensa, ela sabe... mas, delirante se entrega, pois, a única coisa REAL que agora possui é a certeza de que aqui retornará até que não lhe reste mais forças para reverenciar a sombra deste abismo, onde ela sinceramente acredita estar refletida a tão amada face e os olhos de sua felicidade morta, porém, para sempre imaginada - Ela sente!
Um comentário:
Poderosas palavras!
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