Depois que passa nem parece que foi real. De concreto só as lembranças meio embaralhadas, que a cada dia se tornam mais confusas e apagadas. Tudo muito distante e improvável. Um grande abismo surgido e a pergunta que ecoa, “pra onde foi tudo isso aí, aqui dentro de mim?". As provas aparecem por todos os lados: os textos rabiscados, os recados deixados, as músicas mandadas madrugadas à dentro. Tudo foi vivido, mas nada me lembra na pele o que eu sentia. Mas é isso. O fim da linha no amor não é quando acaba, é quando você sente que nunca existiu.
Con qué tersa dulzura me levanta del lecho en que soñaba profundas plantaciones perfumadas, me pasea los dedos por la piel y me dibuja en el espacio, en vilo, hasta que el beso se posa curvo y recurrente para que a fuego lento empiece la danza cadenciosa de la hoguera tejiédose en ráfagas, en hélices, ir y venir de un huracán de humo-
(¿Por qué, después, lo que queda de mí es sólo un anegarse entre las cenizas sin un adiós, sin nada más que el gesto de liberar las manos ?)
Achei seu blog através de um vídeo no youtube e como não é qualquer pessoa que ouve Nina Simone, resolvi conferir. As imagens mais instigantes que vi nos últimos tempos estão reunidas aqui, então, obrigada pela beleza distribuída em todo o contexto do seu blog. As músicas, escolhidas a dedo, claro, realmente são as mais belas que gosto de ouvir. Mais uma vez, obrigada. Rayran Bonfim.
Estou admirada! Entrei aqui sem crer e, qual não foi minha surpresa! Belíssimo espaço, belíssimas ilustrações e poemas ímpares. Gostaria, se possível de saber ou confirmar a autoria deles. Dei-me em terras férteis e me é necessário compreender.
Abraços e felicitações verdadeiras pela sensibilidade e arte aqui expostas!
8 comentários:
Depois que passa nem parece que foi real. De concreto só as lembranças meio embaralhadas, que a cada dia se tornam mais confusas e apagadas. Tudo muito distante e improvável. Um grande abismo surgido e a pergunta que ecoa, “pra onde foi tudo isso aí, aqui dentro de mim?". As provas aparecem por todos os lados: os textos rabiscados, os recados deixados, as músicas mandadas madrugadas à dentro. Tudo foi vivido, mas nada me lembra na pele o que eu sentia. Mas é isso. O fim da linha no amor não é quando acaba, é quando você sente que nunca existiu.
(Iolanda Valentim)
El breve amor
Con qué tersa dulzura
me levanta del lecho en que soñaba
profundas plantaciones perfumadas,
me pasea los dedos por la piel y me dibuja
en el espacio, en vilo, hasta que el beso
se posa curvo y recurrente
para que a fuego lento empiece
la danza cadenciosa de la hoguera
tejiédose en ráfagas, en hélices,
ir y venir de un huracán de humo-
(¿Por qué, después,
lo que queda de mí
es sólo un anegarse entre las cenizas
sin un adiós, sin nada más que el gesto
de liberar las manos ?)
(Julio Cortázar)
Lindo e sensível!
Martha
Saudades, menina azul!
"J"
Achei seu blog através de um vídeo no youtube e como não é qualquer pessoa que ouve Nina Simone, resolvi conferir. As imagens mais instigantes que vi nos últimos tempos estão reunidas aqui, então, obrigada pela beleza distribuída em todo o contexto do seu blog. As músicas, escolhidas a dedo, claro, realmente são as mais belas que gosto de ouvir. Mais uma vez, obrigada. Rayran Bonfim.
Grata por sua visita, atenção e delicadeza.
Abraços e seja bem vinda,Rayran.
Estou admirada!
Entrei aqui sem crer e, qual não foi minha surpresa!
Belíssimo espaço, belíssimas ilustrações e poemas ímpares. Gostaria, se possível de saber ou confirmar a autoria deles. Dei-me em terras férteis e me é necessário compreender.
Abraços e felicitações verdadeiras pela sensibilidade e arte aqui expostas!
Nathy
São de minha autoria, Natalia.
Grata pela visita.
Abraços
Postar um comentário