[ Ela apenas era, sem adjetivos, era, estava sendo, embora sem saber, sem esforço algum — Era! ]
Estou presa, atada, sucumbida, cedida a ti... e, minh’alma passeia
encantada, enlaçada ao seu redor em ciranda vertiginosa. Nada vejo,
cheiro, ouço, presencio que não seja você e a fidelidade de tua tremenda
cumplicidade projetada, tatuada, fundida em mim.
Sua Constancia tomou vulto alastrando-se em
meu
psiquismo, em minha pele, sexo com a mais máxima pontualidade, como se
fora uma enorme variedade de nenúfares a cobrir as águas de um lago, em
cuja superfície, eu narcisa, já não mais me assisto em minhas
peregrinações subjetivas, pois, ao contemplar-me neste espelho de mim
mesma, só a ti vejo refletida.
Você está a habitar-me criatura adorada
_Como se meu corpo, alma, psiquismo, sensibilidade, fosse agora a sua
casa, a sua morada escolhida!
Sim! É verdade! -Hoje eu posso dizer
que possuo a esperança por suas mãos concedida, pois, prendeste-me a
atenção como a uma borboleta azul em finíssimo alfinete de prata!
[Da-me... Da-me um momento que dure toda uma vida!
2 comentários:
Jussara
disse...
Magnifico poema. Estou surpresa e adorando Blog. Nao vi nada parecido ainda, parabens!
2 comentários:
Magnifico poema.
Estou surpresa e adorando Blog.
Nao vi nada parecido ainda, parabens!
Ju
Arrepia de tão lindo!
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