Somos algo que não logramos entender qualificar, quantificar, decifrar, verbalizar ou traduzir. Somos uma esfinge encarnada... Esfinge esta que interminavelmente devora-nos e regurgita-nos TODOS os dias transfiguradas em êxtase absoluto
Vontade de... em um desdobramento apoteótico fixar-nos e deixar-nos presas em um esquecido quadro de mariposas mortas, tristes e secas e abandonar-nos ali espetadas em ponta de agudo e finíssimo alfinete de prata, expostas ao frio desalento aguardando por um vago olhar, em expectativa vã no limbo e, fora do inventário das delicadíssimas lembranças! Ou, saber-nos transformadas em joia única desperdiçada... destas que por descuido a gente perde no fundo de um ralo
Pra esquecer-nos como se faz com um pileque. Pra adivinhar-nos sem jamais ter de entender-nos. Pra negar-nos esperança, afeição, ternura. Para negar-nos comida, presença e o sono. Para desamparar-nos, desmembrar-nos, desiludir. Para ‘deslembrar’ que eu sou 'aquela' que te aponta
com o meu desejo, seu corpo repleto de apetite por mim em todos os sonhos que nossas almas
anseiam, entende?
Você não corre atrás de mim... Não é atrás de mim que você vem quando eu desesperada, sigo a buscar-te e te encontro e te devoro mansamente nas chamas deste meu querer inesgotável em perene busca por esta fusão insubstituível, nesta síntese imponderável...
É intoxicadas pela contemplação de nós mesmas que ambas precipitamos de mãos dadas
E é em nós que quase nos encontramos nos querendo e nos testemunhamos amalgamadas SENTINDO, percebendo que estamos vivas na ilusão desta nossa absolutização, pois, sabemos ser de nos duas 'aquele algo' insano que nos faz interminavelmente lembrar e antever que existimos.
Nossa busca... é por nós mesmas, sempre foi e será sempre! E quando pensamos que nos adoramos estamos ilusionadas, em transe enclausuradas narcisiacamente a nossa imagem e semelhança nos buscando nas brumas da vertigem ofuscadas pelo deslumbre deste paroxismo inevitável, onde em nós, nos fundimos em ápice no auge do transbordamento, assim refletidas!
E impossível despertar... quando somente perdida em ti eu me encontro - Por que também sonhando você eu igualmente sigo, não querendo, não podendo, não ousando ACORDAR tamanha preciosidade
Você não corre atrás de mim... Não é atrás de mim que você vem quando eu desesperada, sigo a buscar-te e te encontro e te devoro mansamente nas chamas deste meu querer inesgotável em perene busca por esta fusão insubstituível, nesta síntese imponderável...
É intoxicadas pela contemplação de nós mesmas que ambas precipitamos de mãos dadas
E é em nós que quase nos encontramos nos querendo e nos testemunhamos amalgamadas SENTINDO, percebendo que estamos vivas na ilusão desta nossa absolutização, pois, sabemos ser de nos duas 'aquele algo' insano que nos faz interminavelmente lembrar e antever que existimos.
Nossa busca... é por nós mesmas, sempre foi e será sempre! E quando pensamos que nos adoramos estamos ilusionadas, em transe enclausuradas narcisiacamente a nossa imagem e semelhança nos buscando nas brumas da vertigem ofuscadas pelo deslumbre deste paroxismo inevitável, onde em nós, nos fundimos em ápice no auge do transbordamento, assim refletidas!
E impossível despertar... quando somente perdida em ti eu me encontro - Por que também sonhando você eu igualmente sigo, não querendo, não podendo, não ousando ACORDAR tamanha preciosidade
É impossível despertar... quando só afogando-me em ti eu respiro. Por que fascinadas por este encantamento sei, e sei e você sabe também que em todo luar de agosto hei de casar-me contigo nas eternas bodas deste caprichoso mistério insondável de nós duas!