quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A anarquia da beleza


A anarquia da beleza

Desdobrando lentamente

Pontos altos farpados

Dentro e fora dos limites equidistantes

Infinitos vívidos, agora imperturbáveis

Para muito além do horizonte

Questionável


Sucessão

Passado presente Futuro

Vistas deslumbrantes de uma saudade

Que eu nem sei se sinto

A Terra renova

Labirinto de vertentes imorredouras

A idade gelada segue os incêndios

Metamorfose


Lua voando solta

Fora de sua órbita obsidiana

Espiral concupiscente espumante do ego

Malha, rede, peixes alizarin surreais

Fragmentos de contentamento para remeter

Dentro de um céu estrelado de cometas

E papoilas intumescidas


Existe expectativa paralela

Amor-tecidas no meu coração

Enquanto eu vago ébria

Lúcida, livre e solitária

No deserto azul melancólico

Respirando ondulante o fulgor buliçoso

Destas paradisíacas águas

Primordiais