terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Olho com olhos de não ver


Olho
com olhos de
não ver
e vejo
o que só assim
posso ver
depois fecho
os olhos e
continuo
a ver o que
só assim pode
ser visto
e sei então
o que antes já
sabia
ver é sempre
uma forma de
cegueira

5 comentários:

Mistralwolf disse...

"Mar Adentro"

Mar adentro,
mar adentro.

Y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo,
es como penetrar al centro del universo.

El abrazo más pueril
y el más puro de los besos
hasta vernos reducidos
en un único deseo.

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras
‘más adentro’, ‘más adentro’
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto,
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.

(Ramón Sampedro)

Mistralwolf disse...

Me arrasta para o vapor e para o crepúsculo.

Eu parto como o ar, agito minhas mechas sob o sol fugitivo,
Derramo minha carne em remoinhos e deixo-a à deriva em saliências rendilhadas.

Lego-me ao pó para crescer da relva que amo,
Se queres me ver novamente, procura-me grudado à sola de tuas botas.

Dificilmente saberás quem sou ou o que significo,
Mas hei de ser para ti boa saúde assim mesmo,
E filtrarei e darei fibra ao teu sangue.

Se não puderes me encontrar na primeira vez, mantém a esperança,
Não me achando em certo lugar, procura em outro,
Fico em alguma parte à tua espera.

(Walt Whitman)

Mistralwolf disse...

https://www.youtube.com/watch?v=vJWkWyJPFew

Anônimo disse...

https://www.youtube.com/watch?v=upQdxtdCikAhttps://www.youtube.com/watch?v=upQdxtdCikA

Anônimo disse...

https://www.youtube.com/watch?v=csUAVPHvwpg