sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Étrange L'amour





-"Pessoas colocam portas em suas vidas para mantê-las num espaço isolado. Preferem ambientes conhecidos... controlados e calculados do que o externo duvidoso. Talvez, pelo enorme tempo fechadas, essas portas perdem a capacidade de abrir já que seus trincos e dobradiças se tornam duros e enferrujados. Tudo tem um custo... a segurança pode trazer conforto mas impede aprendizados e o conhecimento - isso é aporta fechada".



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Crystalised * (repostagem)



Vi-te hoje dentro de mim outra vez...
Sinto-te intensamente ao meu lado assim
como te sentia quando ainda éramos nós.

Vi-te hoje dentro de mim outra vez...
Como antes, como da primeira vez,
como quando eu (ainda) nem sabia que você existia...

Talvez seja só saudade, mas, com toda certeza,
é mesmo um pouco de saudade e mais
cem por cento daquela felicidade absurda...

que, se fosse sólida, preencheria cada célula
formadora do meu corpo e de todo meu ser
com tuas mensagens subliminares:.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Amores (Im)perfeitos




E é bem assim
que quereres constantes
ficam distantes

Almas antigas e tão predestinadas
como seixos a deriva
não mais confabulam beijos

E cada instante tão sonhado
tão resoluto e predestinado
se encontra na cruz

E sobram memórias....
Memórias redarguidas
(imperfeitas quase feitas)

Em último instante
Em visceral atitude
Paliativo que hoje nos ilude

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Reflexões sobre o abismo



Aprisionada à força estéril das coisas inúteis, àquela mesma que faz com que prateemos e lastimemos nostálgicos sobre os nossos mortos, ela invade novamente o calabouço da memória admirada por não poder desviar ou impedir o avanço de seus próprios pés clandestinos.

Se sente envergonhada, imaginando que a visão fria de sua fragilidade nua é desconcertante até mesmo ali, onde o amontoado de cacos de vidro das incertezas e o eco visceral do passado causam regozijo apenas aos espectros concupiscentes das fraudadas ilusões.

Sufocada pela sutileza anoréxica do engano, profundamente e mais uma vez,  dá-se conta dos laços partidos e de que ninguém lhe segura mais as mãos, ninguém lhe guia mais os passos e que suas rotas asas já mais nada significam – e que ela, ah... nunca mais alçará voo com esses pobres tocos de asas mutiladas. 

Enquanto caminha sem destino por entre as reminiscências tóxicas de tantos sonhos e andrajos de esperanças desfeitos, entende... Percebe entorpecida pela vulnerabilidade que nada mais lhe resta, a não ser, o consolo agudo da mentira sincera de tudo em que acreditou.

–Voltar aqui é inútil, ela pensa, ela sabe... mas, delirante se entrega, pois, a única coisa REAL que agora possui é a certeza de que aqui retornará até que não lhe reste mais forças para reverenciar a sombra deste abismo, onde ela sinceramente acredita estar refletida a tão amada face e os olhos de sua felicidade morta, porém, para sempre imaginada - Ela sente!