terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Desilusão (despedaçada a beijos)




Adeus

Adeus, eu não suporto mais sentir necessidade de ouvir a sua voz
Adeus, eu não suporto mais sentir necessidade de ver o seu rosto
Eu não posso viver derrotada por todas as mentiras que você me fez acreditar
Eu não posso viver desesperada com todo o sentimento que eu tinha pra te dar
__Morrer todos os dias é mais fácil diante deste padecer  tão difícil

Adeus, adeus, adeus, adeus... Junte toda tua demagogia
Deslealdade, todas as tuas máscaras e siga por seus descaminhos
Você nunca me conheceu realmente, nunca
Nunca, jamais me viu como eu deveria ser vista
Você nunca me amou, nunca
Nunca realmente me amou como dizia
__Amargo desatino!

O tempo foi passando e você  desfigurada desalinhou – descambou pra pior
Com algum tempo eu talvez queira ver como você está se saindo
Com tudo o que lhe dei, ofereci e você jamais poderá substituir
Eu não aguento todos os sonhos que eu tive de desfazer
Eu não aguento o cruel desengano de você me desmoronar
__Ingrata desilusão... Insustentável desdita!

Você poderia ter sido honesta e dito adeus
Você poderia ter sido sincera e dito adeus
Você me deixou tentar sabendo que não havia chances
E nada que eu pudesse fazer para mudar tamanha decepção
Você poderia ter me avisado e não me aberto essa mágoa desnaturada
Mas foi mais cômodo desistir e me desmembrar
__Me desacreditar e destruir!

Você nunca me conheceu realmente, nunca
Nunca jamais me viu como eu deveria ser vista
Você nunca me amou e por isso foi fácil ferir e despedaçar
A mulher que você julgava amar e só decepcionava
Adeus, adeus, adeus... Desapareça com esse seu amor covarde e inútil 
Que só me desabrigou, desamparou, desprotegeu
Desencantou, desmereceu, desiludiu
__Dissimulada!


2 comentários:

Mistralwolf disse...

ESTÁ SOLO. PARA SEGUIR CAMINO...
(Luis García Montero)

Está solo. Para seguir camino
se muestra despegado de las cosas.
No lleva provisiones.
Cunado pasan los días
y al final de la tarde piensa en lo sucedido,
tan sólo le conmueve
ese acierto imprevisto
del que pudo vivir la propia vida
en el seguro azar de su conciencia,
así, naturalmente, sin deudas ni banderas.

Una vez dijo amor.
Se poblaron sus labios de ceniza.

Dijo también mañana
con los ojos negados al presente
y sólo tuvo sombras que apretar en la mano,
fantasmas como saldo,
un camino de nubes.

Soledad, libertad,
dos palabras que suelen apoyarse
en los hombros heridos del viajero.

De todo se hace cargo, de nada se convence.
Sus huellas tienen hoy la quemadura
de los sueños vacíos.

No quiere renunciar. Para seguir camino
acepta que la vida se refugie
en una habitación que no es la suya.
La luz se queda siempre detrás de una ventana.
Al otro lado de la puerta
suele escuchar los pasos de la noche.

Sabe que le resulta necesario
aprender a vivir en otra edad,
en otro amor,
en otro tiempo.

Tiempo de habitaciones separadas.

(Luis García Montero)

Maria Fernanda disse...

Nem irei perguntar o que esta criatura te fez ou, se mais este poema seria apenas uma elaborada criatividade tua.
De qualquer maneira é algo lindo por demais.

Maria Fernanda