sexta-feira, 23 de novembro de 2012

AMOR-FINA



Todo grande amor a gente come enquanto ele devora a gente
Amor-cegados a gente bebe, a gente suga, absorve, consome morrendo
A gente morrrde... arrranha... lambe profusamente renascendo
Lambuza, ensandece, entontece... entorpece de contentamento
amor-tecidos por sensações de inigualável plenitude e pertencimento!

Com todo grande amor da vida nossa, a gente vai ao céu e como Ícaro
- Não resiste e perdura e insiste em compartir o Sol dos Girassóis e não desiste
mesmo atados aos bastidores lisérgicos das alturas ou das mais inefáveis profundezas
- Inclusive ao ponto de perder
(com muito gosto) o singular livre arbítrio de nossas benditas asas, para assim ‘alar’ a tal da divina cumplicidade tão esperada e única

A gente se biparte em Aeons de mil "Eus", em centelhas flamejantes
de 'querer incondicional', mas, jamais abandona o grande amor da alma nossa
nem que o mundo acabe naquele momento, pois, o nosso grande amor estará ali
cingido e miscigenado a nossa costela em urdidura intrínseca ao nosso anátema
e a manifestar-se como  unico ícone de nossa catarse mais absoluta...

Na hora H de nossa equação mais sublime compartida
No momento X para qual toda nossa existência foi confiada
No instante cego e iluminado de nosso 'Zem-Querer'
No tempo exato de dizer com toda a alma nossa amor-talhada em êxtase:

_Bem vinda seja, criatura adorada - a nossa vida inteira!


Um comentário:

Anônimo disse...

Cada poema es un lienzo donde se gesta lo ya acontecido, lo por acontecer y lo que nunca ha acontecido ni acontecerá. Todo poema contiene en sí mismo la poesía toda: la que está siendo, la que fue y la que nunca será.