quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A intrusa


"Tua presença desvelada ainda flutua pelas alamedas revoltas de minha'lma
de maneira desinibida, indiscreta e livre de qualquer censura
em forma fluida, fugidia, inodora, desconcertante...

Num esvoaçar volúvel de ternura delirante e saudade atrevida
Muitas vezes adejante, concupiscente como a um inenarrável desatino
Tantas vezes assim, apenas para lembrar-me de que não te esqueci.

Queria te aprisionar num pote em penitencia desalmada, assim, como se faz a um vaga-lume ou a uma borboleta aguilhoada a finíssimo alfinete de prata, para tolher-te as asas que me perseguem em desafio e poder ver-te somente a hora que me aprouvesse e,
 

talvez, relembrar tua face languidamente __ Ou, mais certo ainda... 
Para te esconder para sempre no fundo de uma remota gaveta, a sete chaves bem trancada e perdida para sempre, n'algum quarto escuro e desabitado de minha mente"


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