terça-feira, 22 de maio de 2012

Melancolia

 Ah! A saudade... 
Essa cínica de olhos enormes, 
do tamanho de um pires...
Sempre me torturando nas horas 
e momentos mais improváveis.
Tecelã urdidora dos mais inomináveis
e inusitados arrepios.
Queimando-me com a lembrança
do teu calor, usando teu perfume
para me embriagar, me confundir;
rindo debochada de minha impaciência, 
solidão e expectativa.
Um pouco mais e meus nervos não terão
forças para mascar o fel da realidade.
Minha resistência abalada se estilhaça
no vazio profundo da sua ausência.
Tanta ternura cultivada, 
para se esborrachar na parede do nada.
Esse nada enorme que me invade
de angústia; na eminência de ouvir
teus passos e som alegre do teu riso.


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