terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Enamoradissima de ti"


[ Ela apenas era, sem adjetivos, era, estava sendo, embora sem saber, sem esforço algum — Era! ]

Estou presa, atada, sucumbida, cedida a ti... e, minh’alma passeia encantada, enlaçada ao seu redor em ciranda vertiginosa. Nada vejo, cheiro, ouço, presencio que não seja você e a fidelidade de tua tremenda cumplicidade projetada, tatuada, fundida em mim.

Sua Constancia tomou vulto alastrando-se em meu psiquismo, em minha pele, sexo com a mais máxima pontualidade, como se fora uma enorme variedade de nenúfares a cobrir as águas de um lago, em cuja superfície, eu narcisa, já não mais me assisto em minhas peregrinações subjetivas, pois, ao contemplar-me neste espelho de mim mesma, só a ti vejo refletida.

Você está a habitar-me criatura adorada _Como se meu corpo, alma, psiquismo, sensibilidade, fosse agora a sua casa, a sua morada escolhida!

Sim! É verdade! -Hoje eu posso dizer que possuo a esperança por suas mãos concedida, pois, prendeste-me a atenção como a uma borboleta azul em finíssimo alfinete de prata!

[Da-me... Da-me um momento que dure toda uma vida!


      

2 comentários:

Jussara disse...

Magnifico poema.
Estou surpresa e adorando Blog.
Nao vi nada parecido ainda, parabens!

Ju

Anônimo disse...

Arrepia de tão lindo!