domingo, 16 de janeiro de 2011

"Ver"



Quando olhamos
dos olhos para fora,
na direção de ver, apenas
enxergamos
mas não sentimos.
Porque não somos aquilo que vemos
e fechar os olhos é o bastante
para já não possuirmos o que
parecia pertencer-nos.
Por isso
guardo-te assim,
ao fundo de mim
e uso-me, como um espelho.
Por isso gosto de olhar-te
olhando-me por dentro.
Esqueço como enxergar-me
apenas para chegar a ver-te.
Assim alcanço-te realmente.
E se fecho os olhos
vejo-te mais nitidamente
Porque olho na direção de possuir-te
E, porque me habitas
te Pertenço...



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

De nada sei


De nada sei 

a não ser que te amo
e
Amando-te sei de saudade e distancias

Sei de falta e ausência

Sei que minha vida fica vazia e oca sem ti

Te quiero a mi, pois, sinto e sei...

Sei que meus dias não são mais meus

Por que são todos eles teus, junto a todas

As horas que me escorrem inexoráveis

pelos poros, dedos, lábios, respiração

sorriso...

Todas as horas que se anelam em

torvelino a minha existência e me restam

Disso tudo tenho consciência exata

Porque sei que sou Tua!



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sí, hoy digo..."é-terno!"


Hoy digo...


"É-terno" es lo que siento por ti,
es esta necesidad de tu presencia,
de tu respiración en mi,
de tu boca me dando aliento,
de tu cuerpo me calientando,
de tu mirada diciendome ¡Te Quiero!

"É terno" este eterno sentimento
que me haces sentir cuando me despierto
y te veo en ti la mujer de mi vida.

Eterno es esta ternura que te tengo
y que mueve lo nuestro a diario; este deseo
que hace pulsar todo los rincones de mi cuerpo;
este sinfin de querer estar a tu lado
y sentir que es en ti que me completo y me renovo;
que eres tú la extensión de mi vida.

Sí mi amor...
"hoje digo é-terno"...eres mi eterno
y eres la sombra que quiero tener
por doblado al sol, cogiéndote por la mano
y durmiendo en "conchinha" en todas las estaciones
de todos los años que a mi me son destinados!
Y gracias por todo lo que me dás,
gracias por este amor declarado en
prosa, en verso y en "braille".
Y, antetodo, gracias por hacerme tan feliz!

Te amo y te beso...
Soy todos los besos y tú todos los labios!

Título da postagem


Eu queria saber descrever, traduzir o que acontece só de imaginar tuas mãos a tocar meu corpo... Queria ainda controlar os ponteiros do Tempo quando os seus olhos navegam nos meus. É incrível a sintonia, a intimidade, a metade de mim que você é e a exprimir os desejos mais sinceros de um coração extasiado.
Eu quero dançar com você, uma música bem doce, a noite inteira, e sussurrar no teu ouvido o que há de mais belo em matéria de amor... Encostar a ponta do seu nariz no meu, fechar os olhos e ter a certeza de que a felicidade tem a nossa cor. Entregar-te todos os minutos da minha vida e fazer com que você toque a minha face descobrindo o amor que você sempre procurou e, do fundo da alma quis sentir.
O amor nos escolheu para cuidarmos uma da outra e preenchermos tudo o que faltava... Escolheu-me para que eu fosse o teu travesseiro à noite, o teu antídoto contra a insônia, a tua fortaleza e a tua mulher. Escolheu-te para me trazer sensibilidade, coragem, poesia, doçura. Escolheu-nos para mostrar que o amor não tem limites, barreiras.
Em mim é desvelado que te amo e que prometo te amar até os meus últimos minutos de vida. Prometo que quando você não estiver perto de mim, eu ficarei contemplando todas nossas alianças diárias e este teu sorriso lindo que nunca se apaga dos meus olhos..



domingo, 2 de janeiro de 2011

Medo do desconhecido?


Nunca entendi bem porque adolescentes gostam de filmes de terror. Acho que eles gostam de filmes de terror talvez porque não se ensine nas escolas direito sobre a História da Humanidade. Peguem, por exemplo, o documentário chamado Mein Kampf e vocês entenderão bem isso, entenderão de uma forma aterradora, entenderão bem mais do que meramente assistir ao noticiário. Ou,  baixem o documentário sobre o projeto MKUltra que fala da manipulação do comportamento através de técnicas de hipnose, tortura, drogas, repetição, mensagens subliminares, enfim, lavagem cerebral. Aliás, notem que MK são as iniciais de Mein Kampf. Uma mera coincidência?

Filmes de terror são um luxo e um lixo, na maioria das vezes, para alimentar o medo. Um documentário como Mein Kampf irá curar-nos desse medo de mentira para o medo real e aí, só aí, ele poderá ser redimido. O negativo é parte da realidade e dele emerge o positivo, no balanço contínuo da Vida, do Tao. Quem teme temer já é vítima do medo.



Assim também nunca entendi porque Jesus diz que a verdade liberta, me aparece que antes ela aterroriza, porque ninguém a busca, preferimos os filmes de terror do que a História Humana. 


A locação de filmes de terror só é superada pela pornografia em locadoras, o que mostra que tanto o medo como o sexo são um simulacro em nossa sociedade. Se a Verdade estivesse na Bíblia não teríamos tantas igrejas. Na Bíblia encontramos apenas a verdade da mentira, uma versão de inúmeras mentiras pregadas na mente humana. A mente humana se tornou um cristo crucificado pela língua dos párocos e pela imagem dos novos párocos, os marqueteiros.


Nunca entendi porque as aulas de História não são dadas do presente para o passado, pois é muito mais fácil entender o que está perto de nós do que o que está longe. Será que é para (re)criar a ilusão de evolução da humanidade? Evolução humana? Ou para criar um desinteresse deliberado pelo que somos?


Ninguém quer a verdade. O terror do real não é palatável, leva a um despertar muito abrupto da consciência, é um tratamento de choque que não despersonaliza, mas que conscientiza. Ninguém quer beber na taça enteógena da verdade a si mesmo. 


Pai, afasta de mim este cálice! 


Em experiências enteógenas de verdade, o vômito antes de ser uma purificação é uma reação por não podermos lidar com um certo conteúdo perceptivo. Ninguém quer ver o terror corporificado que sai de si quando temos a coragem de beber desse graal da verdade. 


A Verdade está em toda a parte, mas ninguém quer ver. Não há medo do desconhecido, há medo da Verdade. Falar em medo do desconhecido é apenas um eufemismo para a verdade. Temos medo que nossas teorias do mundo venham abaixo. Temos medo que a nossa verdade não passe de mentira. Falamos que cada um tem a sua verdade para vivermos locupletados em nossas ilusões pessoais.


Temos medo da verdade porque a mais óbvia verdade da existência é a morte. Então tememos a morte. Esquecemos da morte e nos comportamos como se fôssemos para sempre viver. A vida é um para sempre morrer. Morremos continuamente em vida todos os dias. Nossos retratos não mentem, apesar de nossas fotos no orkut ou nos blogs da vida mostrarem uma imagem que queremos que os outros vejam de nós mesmos, nós não somos uma imagem estática, somos um morrer contínuo. 


A morte é a sedução perfeita. Não somos o mesmo, mas temos a ilusão da permanência, ilusão que não é dada nem pelo corpo, pois esse se transforma a cada momento. Se o espaço das fotos pudesse mostrar as contínuas mutações que sofremos daria uma idéia mais aproximada de nosso contínuo morrer.


Até as palavras nos dão a ilusão de saber, tornam-se assim mentiras, porque saber não é saber escrever, é saber viver, e, portanto, saber morrer.


Eu não vivo para escrever, nem escrevo para viver, mesmo sendo quem sou, vivo apenas para morrer.


A idéia de morrer não é um fim, não é negativa, é profundamente positiva, é um fluxo contínuo por onde se realiza o viver.


Colocar a morte como um fim é impedir de ver a vida como um processo de transformação. A quem interessa isso? Só àqueles que querem que as coisas se mantenham como são, daí as grandes religiões, tentativas desesperadas de nos mostrarem que existem um além. 


Se não pudermos alcançar esse além em vida não poderemos fazê-lo no fim. Será que é daí que surge a nossa mania de deixar tudo para a última hora? Provavelmente. Se compreendêssemos que a morte não ocorre no fim da vida, mas está rondando a vida, dançando a sua volta e formando par, não deixaríamos nada para a última hora, pois toda hora é hora de viver e de morrer.