sábado, 3 de abril de 2010

Eu e o Enígma

Eu e o enigma:
Teu amor chega preso em cristal e aço.
E me estende uma mão impossível de segurar.
Colo o corpo, o rosto, os lábios ao amor preso no espelho e
o frio vítreo denuncia as impossibilidades, as contingências,
a distância entre os mundos de matéria e ilusão.
Meu amor me dizes,
e já sou eu que me faço espelho, é a mim que habitas.
Em mim teu reflexo de ilusão e frio me faz repleta,
me leva ao teu mundo e te traz ao meu num jogo
em que eu e tu somos um infinito refletir que se completa.
                                       

Um comentário:

Anônimo disse...

Forte e pungente este poema!
Visto que além de belo, causa óbvio impácto!
Gostei mto!